Com o propósito de ir mais a fundo nas questões psicológicas, que ao meu ver é o que realmente faz a diferença, criei este outro blog: Evolução da Consciência
OBS: Não será postado nada novo neste blog, apenas no novo.
The Corporation é um documentário canadense de 2003, dirigido e produzido por Mark Achbar e Jennifer Abbott, baseado em roteiro adaptado por Joel Bakan de seu livro (The Corporation: The Pathological Pursuit of Profit and Power, com versão em português: A Corporação: a busca patológica por lucro e poder). O filme descreve o surgimento das grandes corporações como pessoas jurídicas, e discute, do ponto de vista psicológico que, em "sendo pessoas", que tipo de pessoas elas seriam, e quais a implicações disso em nossa sociedade.
Mostra que o poder das corporações é mais forte que o poder politico. Através dos lobbies junto aos governos e as ferramentas de merchandising, marketing, branding, etc, definem as tendências de consumo de produtos eletrônicos, vestuário, alimentos, entretenimento, medicamentos, etc.
Corporações farmacêuticas influenciam e até definem o que será e o que não será ensinado nos currículos universitários de Medicina, Farmácia e outras áreas de Saúde, para defender os seus interesses mercantilistas de vendas de inúmeros medicamentos nocivos.
Sinopse:"O vendedor de seguros Truman Burbank (Jim Carrey) vive em Seaheaven, um paraíso terrestre onde todos parecem conviver em perfeita harmonia. Mas, seu casamento com Meryl (Laura Linney) não anda muito bem e, pra piorar, ele sente-se constantemente vigiado. Decidido a investigar se realmente o estão espionando, Truman começa a perceber uma séries de situações estranhas, que aguçam ainda mais suas dúvidas e levam-no à descoberta: sua vida é um show de TV. Abandonado pelos pais ainda bebê, Truman é adotado por uma rede de televisão que o cria num mundo irreal: a cidade onde vive é um imenso cenário, sua esposa, amigos, vizinhos, todos são atores contratados. Sua vida é uma farsa, acompanhada por milhares de telespectadores. A partir de então sua luta é para libertar-se e poder viver verdadeiramente."
Não tenho certeza se o filme é uma representação simbólica da nossa realidade ilusória e do despertar da consciência ou uma satirização, mas de qualquer jeito é um filme interessante para refletir.
O Show de Truman cruza também com o filme Mr.Nobody na questão da existência de um observador permanente e que a nossa vida é uma ilusão e preparação para algo maior.
Mr. Nobody é uma filme que traz questionamentos sobre a existência de realidades paralelas e como o tempo e espaço são ilusões da percepção.
Através da vida de Nemo o filme nos ajuda a refletir sobre nossas escolhas e suas consequências, a existência de um "Observador"/"Deus", que é a nossa consciência.
O filme aborda o despertar da consciência de Nemo para sua multidimensionalidade e existência fora do tempo e espaço, enquanto ao mesmo tempo nos mostra, de maneira abstrata, as simplicidades e complexidades dos comportamentos de nós humanos.
"Sr. Ninguém" (Mr. Nobody, 2009) é um surpreendente filme onde o diretor belga Jaco Van Dormael bebe nas fontes mitológicas do Gnosticismo basilidiano: um protagonista prisioneiro na principal falha cósmica do universo físico (a flecha do tempo) vê sua existência como um gigantesco hipertexto com diversos futuros alternativos resultantes das decisões. O filme narra a luta de um homem contra o caos e o aleatório que interferem no livre-arbítrio das decisões.
O que há em comum entre a Teoria das Cordas da Cosmologia, o Efeito Borboleta da Teoria do Caos, Futuros distópicos, a possibilidade da quase imortalidade, Entropia e a flecha do tempo, a impermanência da memória, morte, amor, segunda chance, missões para Marte e mágoas de um divórcio? Para o diretor belga Jaco Van Dormael são partes de um mesmo continuum: um protagonista (Nemo – Jared Leto) prisioneiro em um cosmos condenado pela flecha do tempo e pela entropia (todos os eventos são irreversíveis, tendem para o futuro e para um estado de dissipação de energia e desordem).
Um psiquiatra tenta compreender o mistério da vida daquele homem e submete-o a uma “antiga técnica”, a hipnose, para fazê-lo retroceder em sua memórias e estabelecer uma sequência linear até o momento atual. Porém, o que ele consegue e nós espectadores testemunhamos, é um imenso painel com linhas de tempo alternativas, como fossem hipertextos, onde cada escolha altera o futuro, pulando sucessivamente entre futuros alternativos assim como um trem pegando diferentes desvios entre linhas paralelas (imagem simbólica recorrente no filme).
Basicamente há três futuros alternativos constituídos a partir de três escolhas amorosas na adolescência que resultam em três casamentos diferentes. Tudo isso marcado pela mágoa da escolha impossível submetido no momento do divórcio entre seus pais: numa estação de trem teria que escolher com qual ficar. Ou com sua mãe que partiria no trem ou ficar com seu pai, na plataforma da estação.
Mas Nemo tem uma qualidade especial que torna a consciência de que a vida é feita por escolhas muito mais aguda e sofrida: ele foi esquecido pelos anjos antes de nascer e, por isso, não o concederam a “dádiva” do esquecimento.
Nemo narra em off que antes de nascermos sabemos tudo o que ocorrerá. Porém, antes, os anjos do céu colocam o dedo em nossos lábios, significando que esqueceremos tudo. Mas esqueceram de fazer isso com Nemo, que vem para a Terra com uma capacidade de prever o futuro resultante de cada simples escolha.
Por isso Nemo navega pela sua vida como um internauta em um hipertexto. As escolhas, desde as mais simples, como qual doce pegar numa festa de aniversário, até as mais complexas como, por exemplo, escolher com qual menina namorar, torna-se para ele impossível, já que todas as alternativas se equivalem, pois todas tendem para um único destino: a entropia, a dissipação, a crescente desordem e a morte.
Um tema difícil, abstrato e metafísico para ser trato em uma narrativa visual. Mas Van Dormael aborda o tema de forma surpreendente ao convergir linguagens de diversos gêneros como o Documentário, Ficção Científica, Realismo Fantástico e Romance. Apesar da sucessão dos instantes dos futuros alternativos na vida de Nemo, Van Dormael preenche cada plano com uma riqueza de detalhes e recursos estilísticos (fotografia, cor, slow motion etc.), dando intensidade emocional a cada simples momento, marcando o brilho e a importância de cada instante, embora todas as escolhas, no final, se igualem.
Mitologias Gnósticas
Fica evidente nas duas horas e treze minutos de “Sr. Ningém” que o roteiro de Van Dormael bebeu em fontes gnósticas Basilidianas. Se não leu textos gnósticos, o que é mais provável, o diretor provavelmente se sintonizou na mitologia gnóstica persistente nos tempo atuais por meio do repertório arquetípico que define a sensibilidade contemporânea.
Em primeiro lugar, o filme é carregado de referências à física quântica, teoria do caos e termodinâmica. Todo esse mix científico para confirmar a suspeita gnóstica: sim, Deus joga com dados o jogo do Universo, o cosmos é caótico, tende para um progressivo estado de desordem devido a um problema básico: a flecha do tempo. Não somos senhores de nossos atos, tudo depende de fatores imprevistos (como a sequência da gota de chuva que cai no papel – alteração climática provocada por um simples gesto de um desempregado do outro lado do mundo - que borra o número do telefone que o impedirá de encontrar Anna, criando mais um futuro alternativo).
A consciência aguda de Nemo o faz tomar consciência dessa imperfeição cosmológica. Como obra de um Demiurgo e não de Deus, o cosmos físico sempre será uma cópia imperfeita dos níveis superiores da Plenitude. O tempo e o devir são as principais imperfeições que aprisionam o homem nesse cosmos.
Em segundo lugar, o tema do esquecimento. O filme apresenta Nemo com outras crianças, antes do nascimento, em um fundo infinito, branco. “Antes de nascermos sabemos tudo que vai acontecer”, diz Nemo em off, no início do processo de regressão hipnótico ao qual é submetido no futuro de 2092. Pouco antes de nascermos “os anjos dos céus” nos impõem o esquecimento para, então, sermos enviados para a Terra. Na vida, passamos a acreditar naquilo que é descrito na epígrafe com que abre o filme: a “ superstição da pomba”.
Acreditamos que os nossos atos influenciam os acontecimentos, ideia desmentida pela consciência aguda de Nemo de que, na verdade, somos joguetes de fatores aleatórios. O esquecimento não nos permite ver essa inconsistência da realidade física.
E terceiro, e mais decisivo elemento gnóstico do filme “Sr. Ninguém”: o caráter artificial da realidade. Nemo é o clássico protagonista dos filmes gnósticos, prisioneiro é um construção artificial de uma realidade (há momentos “Show de Truman” no filme como sequências em que ele descobre que tudo ao seu redor - objetos, prédios - não passa de cenografia). O esquecimento imposto pelos “anjos do céu” (na verdade os Arcontes da mitologia gnóstica) e a imperfeição temporal nos faz sermos apegados a uma realidade que acreditamos ter controle.
Por isso a clássica exortação gnóstica “Acorde!” (repetida em diversas formas, sempre de passagem, ao longo do filme) para a necessidade do homem despertar do sono do esquecimento.
Gnosticismo Basilidiano
A gnose de Nemo vem do estado de suspensão em que parece viver ao longo do filme (por isso, ele parece ser “Ninguém”). Basilides acreditava que a linguagem e o pensamento racional faziam o homem cair vítima de escolhas por pares opostos: belo/feio, Bem/Mal, Certo/Errado. O Uno e a Plenitude são cindidos em qualidades opostas. Confinados nessa lógica binária ou identitária não conseguimos apreender os paradoxos, simetrias caóticas, ironias e a imperfeição cósmica do tempo. Por isso acreditamos sempre fazer escolhas regidas pela nossa vontade, decisão ou livre-arbítrio. Por acreditarmos sermos senhores racionais de si mesmos (“Penso, Logo Existo”), somos condenados ao esquecimento e não percebemos a estrutura imperfeita que rege o cosmos físico.
A gnose de Nemo, no estado de suspensão, recusa fazer qualquer escolha: pretende vivenciar, simultaneamente, todas as alternativas. Procurar o Uno naquilo que foi cindido. Por isso, numa sequência próxima ao final, a resposta Basilidiana de Nemo à escolha impossível após a separação dos pais: com qual ficar? Nemo traça uma terceira alternativa, um “tertium quid”. Nega as alternativas dadas pelo jogo, transcende-as e cria sua própria alternativa.
O filme nos faz lembrar a solução da lógica circular do clássico paradoxo grego do cretense mentiroso: um cretense afirma que todo cretense é mentiroso. Como ter certeza da afirmação se sabemos que todo cretense mente. Por outro lado, se mente, então está dizendo a verdade! Como solucionar esse paradoxo? Como Nemo resolve a escolha de alternativas que se anulam? A única solução está fora da jogada, em um nível lógico acima, onde Nemo compreende, de uma só vez, todos os caminhos possíveis do hipertexto da existência, a compreensão intuitiva do todo: a gnose.
O Filme Gnóstico europeu e norte-americano
Desde a década de 90, acompanhamos o fenômeno do filme gnóstico para massas, em produções norte-americanas hollywoodianas, do qual filmes como “Show de Truman” e “Matrix” tornaram-se um paradigma do gnosticismo pop. Na Europa o filme gnóstico se restringe ao gnosticismo Cult em filme “de arte” (como “Zardoz” ou “O Homem que Caiu na Terra” dos anos 70).
Exemplos de filmes gnósticos europeus atuais como “O Homem que Incomoda” e “Lunar” (veja links abaixo) parecem apontar para uma produção cinematográfica que pretende também popularizar a mitologia gnóstica. O filme “Sr. Ninguém” (uma co-produção Canadá/Bélgica/França/Alemanha) nos faz lembrar de uma estética mais hollywoodiana ou comercial encontrada em filmes como “Show de Truman”, “Donnie Darko” e “O Fabuloso Destino de Amelie Poulin”.
Porém as semelhanças entre o filme gnóstico europeu e norte-americano param por aqui. Enquanto filmes norte-americano atuais como “A Origem” e “Alice in Wonderland” de Tim Burton (verdadeiras apologias ao gnosticismo cabalístico das neurociências e ciências cognitivas) parecem perder o componente crítico dos filmes gnósticos que marcaram os anos 90, ao contrário, no cenário europeu o filme gnóstico mantém a narrativa mitológica do Gnosticismo clássico: o homem, submetido ao esquecimento, prisioneiro em um cosmos físico imperfeito criado por um Demiurgo.
"Poder sobre os outros é fraqueza mascarada de força.
O poder verdadeiro reside no interior e está ao seu alcance."
- Eckhart Tolle
O tempo não é nem um pouco precioso como dizem, porque é uma ilusão. O que você percebe como precioso não é o tempo, mas o único ponto que está fora do tempo: O Agora. Isso é realmente precioso. Quanto mais você está focado no tempo, passado e futuro, mais você perde o agora, a coisa mais preciosa que existe.
O passado é uma memória, é um pensamento que surge no presente.
O futuro é apenas uma antecipação, é outro pensamento que surge no agora.
O que verdadeiramente temos é este momento, só isso.
Passamos a maior parte de nossas vidas esquecendo esta verdade, fugindo dela, olhando por cima dela.
E o horror é que temos sucesso nisso.
Conseguimos nunca nos conectar com o momento presente e encontrar a satisfação aqui e agora, porque estamos sempre com a esperança de ser feliz no futuro.
E o futuro nunca chega.
Mesmo quando pensamos que estamos no momento presente, de forma muito sutil, muitas vezes estamos olhando por cima dele, antecipando em nossas mentes o que está por vir.
Estamos sempre buscando a solução de um "problema".
E é possível simplesmente deixar o problema, seja que só por um momento e aproveitar o que é real na sua vida no presente.
Esta não é uma questão de novas informações ou obter mais informações, ela exige uma mudança de atitude.
Isso requer uma mudança na atenção à sua experiência no momento presente.
NOW = AGORA
“Nós vivemos em uma cultura totalmente hipnotizada pela ilusão de tempo, na qual o chamado presente é sentido como uma pequena linha entre o ‘todo poderoso’ passado causativo e o ‘absurdamente importante futuro’. Não temos presente. Nossa consciência está quase completamente preocupada com memórias e expectativas. Nós não percebemos que nunca houve, há, ou haverá qualquer tipo de experiência além da experiência do momento. Portanto, nós estamos fora de contato com a realidade. Nós confundimos o mundo como ele é falado, descrito, e mensurado com o mundo do modo que ele na verdade é. Nós estamos doentes com uma fascinação pelo uso das ferramentas de nomes, números, símbolos, sinais, conceitos e ideias.” — Alan Watts
Gostaria de recomendar esse livro extremamente importante para o desenvolvimento pessoal de cada um. Nós passamos a maior parte das nossas vidas pensando no passado e fazendo planos para o futuro. Ignoramos ou negamos o momento presente e adiamos nossas conquistas para algum dia distante, achando que quando conseguirmos tudo o que desejamos seremos finalmente, felizes.
Mas, se queremos realmente mudar nossas vidas, precisamos começar neste momento, o unico momento que existe! O Eterno Agora, o momento universal onde todas as outras coisas existem.
Como já vimos aqui [A Ilusão de Tempo e Espaço], o tempo é apenas uma ilusão criada para termos experiências, todos pontos de espaço e tempo existem dentro da Singularidade.
Esse livro é uma "manual" prático que ajuda a tomar consciência dos pensamentos e emoções que nos impedem de vivenciar plenamente a alegria ea paz que estão dentro de nós, ou melhor, que nós somos.
O autor, Eckhart Tolle, pseudônimo de Ulrich Tolle, é professor de espiritualidade "contemporânea", considerado mestre e conselheiro espiritual, embora ele não assuma esses títulos.
Tolle não está alinhado com qualquer religião particular ou tradição, apresenta uma profunda introspecção e conhecimentos sobre Psicologia Transpessoal.
Suas palestras são sempre muito interessantes para aqueles que prestam atenção e ouvem com o coração, vou deixar abaixo alguns videos que podem ajudar vocês e pessoas próximas de maneira direta ou indireta.
Animação criada a partir da fala de Sir Ken Robinson, um especialista em educação e criatividade de renome mundial e ganhador do Prêmio Benjamin Franklin da RSA.
RSA é uma organização britânica voltada
ao desenvolvimento e pesquisa de novas maneiras de pensar novos modelos
sociais com o objetivo de encorajar uma sociedade mais inventiva,
engenhosa e realizada.
Sir Ken Robinson discute os modelos de
educação atuais, que “anestesiam” a mente das crianças através de
práticas ultrapassadas de ensino, tornando-os adultos passivos e com pouca esperança de mudar a sua realidade.
Dublado
Legendado
"Todos nós somos gênios, mas se você julgar um peixe por sua capacidade de escalar uma árvore, ele passará a vida acreditando que é idiota" - Albert Einstein
Documentário de 2003 sobre o escritor, médium e ocultista Alan Moore, criador de V de Vingança, Watchman, entre outras obras.
Nesse
documentário Alan começa contando um pouco sobre sua vida e o inicio de
sua carreira. Explica da onde surgiu o seu interesse em ocultismo e
oferece uma visão geral, mas bem explicada sobre o assunto, também da
sua opinião sobre o que é magia e como esse conceito é aplicado na nossa
cultura moderna.
Não é sempre que se ve um ocultista abrindo a sua vida e os seus conhecimentos para pessoas em geral.
Com certeza vale a pena conferir!
I, Pet Goat
(Eu, "bichinho de estimação") é um vídeo que rapidamente se tornou viral
na internet. Foi elogiado por suas proezas visuais e seu imaginário
interessante, porém o vídeo deixou muitos confusos sobre o significado
de seus simbolismos
Na minha opinião os personagens(como de
costume nos simbolismos ocultistas) são aspectos da nossa consciência.
Cada símbolo expressa significados profundos, abrange os campos da história, política, conspirações ocultas e espiritualidade.
Legendei
o vídeo com o meu ponto de vista, mas nada muito exagerado, somente o
que eu tinha certeza, o resto fica a critério de cada um, nós enxergamos as coisas como nós somos.
A trilogia é como uma cebola, é preciso ver as varias camadas de suas referências simbólicas e filosóficas. Muitas coisas não devem ser interpretadas literalmente, devemos parar para refletir o que sentimos em relação a tal situação, pois os personagens são arquétipos da nossa mente.
As opiniões que expresso abaixo são minhas interpretações.
AVISO DE SPOILER
The Matrix 1999 A história do despertar
de Neo/ONE, que representa a consciência humana passando pelo processo
de ascensão e compreensão de quem somos e como as coisas realmente
funcionam. O filme apresenta conceitos básicos sobre realidade e mostra
como essa é somente o nosso cérebro interpretando sinais elétricos. Pra constar: "O Deserto do Mundo Real" é uma metáfora, não representa o plano astral, representa a quebra da percepção de que o mundo não é o que parece.
Matrix Reload 2003 Neo embora tenha expandido a sua consciência
consideravelmente, ainda está preso na dualidade. Agora busca entender a
si mesmo e o seu propósito dentro da existência, lida com dilemas
relacionados a escolhas e livre arbítrio. O encontro com o arquiteto
na minha opinião representa o Ponto Zero, mas posso estar enganado.
Após esse encontro Neo recebe a opção de agir através do Medo ou
escolher o Amor.
Matrix Revolution 2003 Após entender que a realidade é um tipo de jogo
e que tudo é relativo, Neo se vê perdido em meio a tantos paradoxos que
lhe são apresentados. Em seu ultimo encontro com o Oráculo ele
finalmente entende que as limitações que existem são criadas por ele
mesmo, e que tudo sempre foi uma escolha(a nível consciente ou
inconsciente). Agora com essa compreensão Neo precisa enfrentar a sua
sombra e assimilar ela, completando então o seu caminho, retornando a
Fonte.
What the Bleep Do We Know!? (o que "diabos" nós sabemos) é um documentário de entrevistas e ao mesmo tempo uma narrativa ficcional criada para demonstrar algumas formas de como a fisica quântica se aplica a nossas vidas. O documentário demonstra as conexões que existem entre muitos ensinamentos espirituais e o que a nossa ciência compreende como realidade e o modo que ela funciona.
Entre os tópicos discutidos em What the Bleep Do We Know!? estão: neurologia, Mecânica quântica, psicologia, epistemologia, ontologia, metafísica, pensamento mágico e espiritualidade. O filme apresenta entrevistas com especialistas em ciência e espiritualidade, intercaladas com a história de uma fotógrafa surda e como ela lida com sua situação.
Quem vive pelo ego poderá ter seu nome imortalizado, mas apenas quem
vive pelo espírito será de fato imortal. Não está na lógica a percepção
de uma possível emancipação do pequeno eu. Emancipar-se é harmonizar-se. Eis então o flagelo do pseudoconsciente, acreditar que é superior ao ego, que é superior a uma parte de si mesmo, perpetuando sua fragmentação.
Sendo o pequeno eu uma extensão do Eu Profundo, nele está
abrigada a própria manifestação do não-manifestado. Logo, sendo um canal
para a expressão do divino, estar superior ao ego é estar, em termos
diretos, não mais vivo. Vê-se então a impossibilidade de matar o ego,
pois sendo a própria tradução do não linear, sua inexistência anularia
completamente a vida.
Veja que me refiro à mente como um todo, não aos seus condicionamentos.
Eis então a nossa proposta para que haja uma trindade harmônica na vida
de cada ser humano: O Eu Profundo, o mundo e o pequeno eu.
Quando há somente o primeiro(a existencia em si), não pode haver vida física, a linguagem é
incompatível, por isso necessita de um ponto de referência. Quando esse
ponto é neutro, dizemos que não existe intermediário, apenas tradutor.
Logo, a existência da mente é necessária;seu descontrole é que não.
Quando descontrolada, torna-se intermediária, torna-se uma voz ativa que
teima em distorcer a tradução.
O ego não existe por si só. Se você meditar profundamente sobre um determinado ego("eu"), vai perceber que ele se desvanece como uma nuvem. Ele não possui essência, não tem nada de concreto, é apenas uma associação de pensamentos que adquire uma personalidade própria. É como um fluir de pensamentos e emoções que se enredam e assumem a ilusão de ser alguma coisa real. Todos os egos são apenas associações de pensamento, assumem uma personalidade e quando estão no comando temos tanta certeza de sua existência que pensamos: este sou eu, eu sou assim, eu quero isso, eu não quero aquilo, é minha opinião. Porém, nada mais falso, são apenas pensamentos agrupados e associados que assumem vida própria e por alguns momentos acabam por assumir o comando.
O mundo, segundo elemento, não precisa de porta-voz para comunicar-se
com o espírito, precisa apenas de um tradutor que mantenha a verdade
incorruptível. Não é para haver tradução livre, é para haver tradução
literal, pois o mundo é literal, é concreto e é por isso que o espírito
quer conhecê-lo, pois o Eu Profundo não é literal, mas abstrato, fugindo
de qualquer padrão identificado pela mente.
Deste modo, quem insiste em querer dissipar o ego está vivendo uma
fantasia. Sendo o ego uma característica da mente, tudo o que for do
pensamento parte inevitavelmente do mesmo princípio: o pequeno eu.
Portanto, a ação em si já uma característica “corrompida” pela mente,
impedindo que haja a separação, tão aclamada pelo pseudoconsciente,
entre seu Eu Profundo e o ego. Matá-lo então é um pensamento tolo.
O ego não pode ser morto, pois não existe, é a ilusão de identificação com algum conceito que você criou de si mesmo(personalidade, corpo, status, etc.). Quando você diz que vai matar o ego, é o
próprio falando. Quando você diz que se tornará superior ao ego, é o
próprio falando. Quando você diz que vai lutar contra ele, é o próprio
falando. Qualquer mentalização provém do ego. O que está além é a
vontade pura, sem pontes para a expressão. É algo que não se descreve,
não se fomenta e não se põe em movimento linear.
Portanto, matar o ego é impossível, ele sempre existirá, a não ser num
estado da não-forma, no estado da divindade em si, do espírito, do total
abstrato e subjetivo. Enquanto houver antropomorfização do espírito, a
mente persistirá.
O que se deve fazer é harmonizar a mente, o mundo e o Ser. Esta trindade
deve novamente ficar em equilíbrio, assim como ocorria na tenra
infância em que o intelecto não estava presente, ou seja o
intermediário, mas tão-somente o tradutor. A maturidade espiritual
consiste em trazer de volta o tradutor, porém agora preenchido de
consciência de si e de seu papel na evolução da matéria e na experiência
do Eu Profundo.
Pois aquele que mesclar a inocência de uma criança com a consciência de
um adulto estará enfim liberto das amarras do mundo. Terá finalmente
sublimado Maya.
Compreenda algo de extrema importância: inteligência não tem nada a
ver com conhecimento. Adquirir conhecimento é tornar-se instruído, mas
não necessariamente inteligente. E veja que aqui eu nem me refiro à
sabedoria, esse é outro nível. Instrução e inteligência são aspectos
totalmente diferentes do entendimento humano.
Acumular
conhecimento desvairado é um atributo de quem não conhece a si mesmo.
Mais que isso, é um atributo de quem acha que sabe quem é. Não se trata
de compreensão, trata-se de interpretação de informações concretas,
uma vez que a raiz de qualquer conhecimento adquirível por vias
materiais é constituída de objetivismos.
E não importa
que haja pretensas abstrações em determinadas ideias filosóficas; em
havendo a transcrição, haverá também uma perda quase integral do
atributo original. Logo, qualquer conhecimento que possa ser aprendido
pela mente concreta é contraído e limitado, pois assim é o pensamento.
Então,
a principal diferença entre alguém instruído e alguém inteligente é
que o primeiro, para saber o que sabe, procura ler 10 mil livros, mas o
segundo aprendeu a buscar o conhecimento diretamente da fonte; por
isso, mantendo-se em constante evolução, poderá tornar-se um sábio algum
dia.
Não me refiro ao conhecimento apenas
intelectual, vou muito além do intelecto. Falo da concepção universal
do que é ter verdadeiro conhecimento, verdadeira inteligência e
verdadeira sabedoria. Refiro-me ao saber baseado no autoconhecer e no
autovivenciar que, para o mesmo efeito, leva cedo ou tarde ao
conhecimento exterior que mais se aproxima daquilo que constituímos
como verdade. Aqui, a sabedoria então pode ascender.
Mas
isso só poderá vir quando o indivíduo perceber que o conhecimento não
está em sua mente. Esse é o grande truque. Enquanto o intelectual busca
ler tudo o que puder, o sábio acessa tudo aquilo de que ele precisa
diretamente dos registros coletivos da consciência humana. E isso só
pode se dar quando há espaço suficiente para a manifestação da
intuição, do sopro do Eu Profundo.
Aquele em
busca da sabedoria compreende que todo o conhecimento adquirido em vida
se perde no momento da morte. Todos os diplomas, cursos,
reconhecimentos, prêmios, conquistas, tudo isso se torna apenas uma
partícula singular. Compreender isso é libertador, pois se entende que a
busca exacerbada por conhecimento é desperdício de energia.
O
conhecimento não está na mente, e isso é algo que pode chocá-lo. E eu
lhe proponho apenas uma pequena meditação a respeito, pois sei que isso
fará todo o sentido para você. A mente é apenas um referencial, um
guia. O pensamento não nasce na mente física, assim como tudo o que
aprendemos não fica nela armazenado.
Você, como divindade, sabe tudo. Mas você, como pequeno eu, não tem consciência disso.
Logo, como pequeno eu,
você tenta compensar esse esquecimento lendo e estudando
desesperadamente para aprender tudo o quanto for possível, quando o
mais sábio e eficaz seria tornar-se consciente e reconectar-se com seu
lado divino que tudo sabe, tudo vê e tudo entende.
E é justamente por não compreender isso que você, ainda achando que é o pequeno eu,
sofre, pois não compreende as coisas, se enraivece, pois não sabe como
lidar com as pessoas e se magoa, pois não consegue entender a si
mesmo. Seu estado de inconsciência produz uma avalanche de
mentalizações em forma de flagelos.
Então, o grande lance
é você deixar de lado essa ânsia por compreender tudo. Isso só leva a
muita confusão pelo excesso de informações. Torne-se, ao invés disso,
mais e mais consciente de si mesmo e do seu entorno.
Aos
poucos, você estará derrubando barreiras que impedem que a intuição
aflore. Pois quando ela soprar em seu pescoço, um novo universo estará
ao seu alcance. Você saberá coisas que jamais pensou em conhecer; verá
abstrações tão nítidas como uma xícara de café; começará a entender as
mais complexas questões formuladas até então por sua mente.