
O "falso eu" não tem existência objetiva, somente existindo como um reflexo ilusório da consciência primordial. Sua fragmentação aliada à sua natureza ilusória cria uma falsa existência totalitária. O falso eu, então julga ver e conhecer o mundo como a si mesmo, embora em ambos os casos ele esteja equivocado.
Portanto, o intelecto, ou seja, a inteligência do ego, do "falso eu", tenta compreender o mundo sob uma ótica já de origem doente e desconstruída. Por isso ele segrega.
Ao notar uma possibilidade de sua existência não ser "verdadeira" (impermanente) ao se encontrar com algum evento contrário, o ego assume uma postura de reação e ataque, negando persistentemente qualquer outro braço do fractal universal. Deste modo, o intelecto não pode incluir nada em seu campo de existência que vá contra aquilo que já está condicionado em seu âmago(interior).

Viver de maneira intelectual não gera paz, tranquilidade ou felicidade. Uma raiz doente não pode gerar uma árvore saudável. Sendo o ego a origem do intelecto, e estando ele já desconstruído pelos condicionamentos da sociedade, da religião e da sua própria filosofia, conhecer a verdade e ter o autoconhecimento baseando-se no intelecto é, sim, uma utopia.
Apenas na "morte" do ego é que pode haver felicidade, paz e liberdade.
Mas será possível (e necessário) matar o ego?
Continua...
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