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Sitchin era um erudito, especialista na história e na arqueologia do Oriente Médio e do Antigo Testamento. Traduz a escrita cuneiforme da Mesopotâmia e outras linguagens antigas e ocupava o cargo de Consultor da NASA.
Não acho que ele esteja 100% correto em suas traduções, mas a ideia principal continua valida e é MUITO importante que nós comecemos a olhar a "
Historia Antiga" e rever nossas origens como raça e perceber que as "mitologias" não são necessariamente mitos... Mas sim historias repassadas oralmente e que perderam seu real significado com o tempo.
Segue a entrevista:
Você pertence a um pequeno número de estudiosos que conseguem ler as tabulas de argila encontradas na Mesopotâmia..
O que despertou seu interesse nelas?
Isso vem desde os meus dias de escola. Estávamos estudando a Bíblia (Antigo Testamento) em seu idioma original, o hebraico; chegamos ao capítulo 6 do Gênesis, a história do Dilúvio. O capítulo começa com vários versos enigmáticos, dizendo-nos que no tempo pouco antes do Dilúvio, “havia gigantes sobre a Terra”, e eles se casaram com as filhas do homem e tiveram filhos delas. E eu levantei a mão e perguntei à professora: por que a senhora diz “gigantes” quando a palavra na Bíblia é Nefilim, que significa “aqueles que desceram”, e não “gigantes”? Em vez de me elogiar por meu conhecimento de hebraico, ela me repreendeu. Não se questiona a Bíblia! E isso me magoou muito e me deixou pensando quem eram os Nefilim, e por que eles eram assim chamados. Com o tempo, eu descobri que aqueles versículos (assim como a história toda do Grande Dilúvio) se originava de um povo chamado sumério, que milhares de anos antes de a Bíblia ser composta, escreveu em tabulas de argila a história e a pré-história da Humanidade.
Assim, esta foi a origem de meu interesse nas antigas tabulas da Mesopotâmia.
E o que as tabulas diziam?
As tabulas diziam que de fato houve um Dilúvio que engolfou a terra habitada e que milhares de anos antes de ele acontecer os Anunnaki, que em sumério significa “aqueles que vieram do céu para a terra”, vieram à Terra de seu planeta Nibiru, e foram os Elohim (“deuses”) que disseram uns para os outros: Vamos criar Adão à nossa imagem evoluída na Terra ao nível do Homo Sapiens.
Outros concordam que era isto o que as tabulas diziam?
Sim, é claro que outros estudiosos concordam que é isto o que as tabulas dizem, porque depois que elas foram encontradas por arqueólogos nos últimos 150 anos e decifradas e traduzidas (começando com George Smith, “The Chaldean Account of Genesis”, em 1876, e L. W. King, “The Seven Tablets of Creation”, em 1902), não havia como negar isso. Mas pelo fato de as histórias envolverem os chamados deuses dos povos antigos, eles foram considerados mitos -”mitologia’. Além disso, a idéia de seres com forma humana vindos para a Terra de outro planeta – astronautas antigos – era, é claro, impensável naquela época; assim, tinha de ser mitologia e não registros factuais. Mas quando eu comecei a pensar seriamente que não, aqueles eram registros de eventos que realmente aconteceram, estávamos no começo da Era Espacial, assim para mim fazia sentido; e quando li os textos antigos deste ponto de vista, tudo começou a ficar claro.
Mas agora que sabemos que as viagens espaciais são possíveis, por que os outros ainda acham que esses eventos são mitologia? Por causa de Nibiru, planeta deles, e a aceitação da idéia de que não estamos sós. O senhor pode explicar?
Sim, eu posso tentar explicar. Mesmo aqueles que aceitam a probabilidade de vida inteligente em outros lugares do universo, dizem que o sistema estelar mais próximo com possibilidade de ter planetas com vida está tão distante que ninguém daqui conseguiria ir lá e certamente não poderia ir e vir, para lá e para cá, como faziam os Anunnaki. Mas concluí que o planeta deles pertence a nosso sistema solar, com um período orbital de cerca de 3.600 anos, portanto, essa viagem espacial de lá para a Terra é muito exeqüível durante tais órbitas. Isso justifica chamar os Anunnaki pelo nome tabu de “extraterrestres”. Que é usado por pessoas que acreditam em OVNI, etc., mas é tabu para os acadêmicos do establishment.
Algum planeta, hoje pertencente a nosso sistema solar, foi descoberto?
Durante muitas décadas, muitos astrônomos estavam convencidos de que há mais um planeta além de Plutão. Eles o chamam de “Planeta X”, significando desconhecido bem como “décimo planeta” (Eu me refiro a Nibiru como o décimo segundo planeta, porque os sumérios contavam o sol e a lua e 10 planetas para um sistema solar de 12 elementos). Uma pessoa que procurou o planeta foi o doutor Robert Harrington do Observatório Naval dos Estados Unidos (que faz parte do Departamento de defesa americano), que concordou com minha teoria sobre os sumérios (o desenho que ele me mandou está em meu livro Gênesis Revisitado). Perturbações nas órbitas de Netuno e Plutão indicam a existência de força gravitacional de outro planeta. A nave espacial Pioneer 10 mostra indicações semelhantes desde que o planeta grande e distante também nas fronteiras do sistema solar. Em 1983, a nave espacial IRAS descobriu que tal corpo celeste estava de fato se movendo em direção a nossa parte do sistema solar – como Nibiru faria. Mas todas essas descobertas, mesmo quando relatadas, são logo negadas e tratadas como algo que seria melhor ignorar.
Por quê?
Porque reconhecer a existência de mais um planeta é confirmar o conhecimento que os sumérios tinham de Nibiru; e uma vez que tal conhecimento (sem telescópios e veículos espaciais) só poderia vir dos Anunnaki, isso significa confirmar a palavra tabu “extraterrestres”.
Então, o problema é de aceitação científica?
A comunidade científica começa a perceber que muitas das últimas descobertas – no espaço, na astronomia, na biologia/genética, na geologia – corroboram minha abordagem quanto aos textos sumérios. Eu dediquei um livro à comparação do conhecimento dos antigos com as descobertas modernas (Genesis Revisited), e estou atualizando este aspecto em meu site de internet SITCHIN. Com. Mas existem, é claro, outras razões para a não-aceitação, por exemplo, fundamentalistas que insistem que o Céu e a Terra foram criados em apenas seis dias.
Estas atitudes estão mudando?
Sim, estão. Um de meus maiores fãs é um padre católico na Califórnia que disse que a compreensão de que os deuses antigos eram apenas emissários de Deus, com D maiúsculo, reforçou a crença dele em um Criador Universal. No ano passado, em uma conferência na Itália, tive um diálogo em público com um teólogo do Vaticano, Monsenhor Balducci, que admirava minha pesquisa e concordou comigo de que (a) pode haver seres inteligentes em outro planeta e (b) que visitas de extraterrestres à Terra são possíveis. Eu relato o diálogo em meu site de Internet.
Isso tudo é só sobre o passado? O senhor disse que os Anunnaki estavam indo e vindo.. Eles estão ainda hoje indo e vindo?
Meus escritos, como você apontou, são baseados em fontes da Antigüidade, desde os sumérios e depois outras fontes.. Mesmo o Novo Testamento nos deixa há alguns 2000 anos atrás. Assim, discutir o que aconteceu depois disso requer uma mudança de enfoque, lidar com novas evidências – talvez menos com escritos claros e mais com a interpretação das evidências físicas, o que pode ser controvertido.
O senhor pode explicar o que quer dizer com “mudança de enfoque”?
Com relação a registros escritos do Oriente Próximo antigo eu sinto uma grande certeza, uma vez que posso ler as tabulas eu mesmo e consigo ler o Antigo Testamento em hebraico. Sei o que dizem e aceito o que dizem como informação factual. Depois que deixamos essa região e aquela época, mesmo começando com o Egito antigo, temos de confiar na compreensão e em evidências datadas de natureza física, tais como as pirâmides no Egito, pinturas em cavernas como no Brasil, estruturas enigmáticas como em Tiwanaku (Peru) ou nas Linhas de Nazca, e ter a ajuda de reminiscências orais, que são chamadas de “lendas”, em vez de escritas.
O senhor trata disso em seu livro “Os Reinos Perdidos”, então acredita que esses lugares e suas lendas dão continuidade à mesma história?
Sim. Eu mostro que a principal divindade da Meso-América, Qetzalcoatl (A Serpente Alada) era o deus egípcio Thoth, que era o deus sumério Ningishzidda, e eu então explico não apenas a semelhança das pirâmides, mas também a aparição dos Olmecs – um povo de descendência africana que inexplicavelmente veio para o México em cerca de 3100 AC e trouxeram a Mãe Civilização aos nativos. O mesmo ocorre com outras divindades da Antigüidade. Quando se estudam as “mitologias” de toda parte, parece haver panteões diferentes com muitos deuses diferentes. Mas quando se constata que os nomes diferentes têm o mesmo significado nas diferentes línguas, percebe-se que todos estão falando sobre os Anunnaki dos sumérios. Assim, o pai de Qetzacoalt /Thoth/Ningishzidda era Enki, a quem os egípcios chamavam Ptah. Ele era também o pai do deus egípcio Ra, conhecido por outros como Marduk.
Uma mudança na arena do drama de deuses e homens?
Uma mudança de enfoque, uma mudança nas evidencias. Um novo capítulo, mas no mesmo livro. Ao tratar o que aconteceu no Novo Mundo como parte da história que começou no Velho Mundo, é possível entender melhor as evidências físicas e levar mais a sério as “lendas”.
O senhor está convencido de que “eles” estiveram aqui…. Eles ainda estão aqui?
Isso nos afasta do que eu considero fato – sim, eles estiveram aqui – e vai para a especulação, que também significa profecia. Porque a questão é, antes que alguém pergunte se eles ainda estão aqui: eles foram embora? E se foram embora, vão voltar? Não quero especular se eles estão aqui, porque isso leva a conversas sobre conspirações e influências satânicas, etc. – com que eu não tenho absolutamente nenhuma ligação. Prefiro não especular.
Mas o senhor disse em suas palestras e vídeos que “o passado é o futuro”, então o senhor deve acreditar em algo?
É verdade, porque se alguém considera as fontes bíblicas como os legado de tempos mais remotos, então devemos trocar a palavra “especulação” por “profecia”. É a própria bíblia – que eu considero um documento histórico em vez de teológico – que no final do primeiro milênio AC mudou de (a) história da criação, (b) as ações dos Anunnaki no período que antecedeu o Dilúvio, (c) as civilizações humanas pós-Dilúvio, os tempos históricos; para (d) previsões de coisas por acontecer, que são chamadas “profecias”. E ela diz repetidamente: “os últimos serão os primeiros”, ou no Livro da revelação: “Eu sou o Alfa e o Omega, eu sou o primeiro e o último.”
Então, o que aconteceu vai acontecer novamente? Um ciclo de eventos como os calendários maias?
Sim, como os calendários maias que estão atrelados às crenças mesopotâmicas de que o Grande Deus Qetzalcoatl, “a Serpente Alada”, que se foi, mas prometeu retornar. Assim o calendário está atrelado ao Retorno esperado. A conclusão inevitável é que, com base em profecias bíblicas, atém mesmo em crenças mesopotâmicas, um retorno – o que os judeus chama de tempos messiânicos, e os cristãos chamam de a Segunda Vinda – vai acontecer.
Seria esta data o ano de 2012, que alguns atribuem ao calendário maia?
Esta data (ou um pouco depois dela, dependendo de como se conta) surgiu de uma suposição de que o grande ciclo dos maias seria concluído com 13 grandes ciclos, mas por que não 14 ou 15? Estou mais inclinado a basear minha pesquisa no calendário introduzido pelos próprios Anunnaki – o calendário zodiacal.
E o que o senhor vê no calendário zodiacal?
Os dados apontam para a Era de Peixes como a época do aparecimento da espaçonave deles entre Marte e a Terra, e nós ainda temos de esperar o século 21, este século, para chegar a Peixes…. Isso é bastante especifico para alguém que não gosta de especular… Então, que tal deixarmos as coisas assim?
Ok. Uma última pergunta: O senhor escreveu oito livros; há mais a caminho?
É claro… Ainda há muito mais a contar. De fato, o novo livro, que sai em alguns meses, vai reapresentar as Memórias e Profecias de Enki.
Enki, aquele que chegou aqui como o primeiro líder, o Forjador da Humanidade?
Sim…