Objetivo

Com o propósito de ir mais a fundo nas questões psicológicas, que ao meu ver é o que realmente faz a diferença, criei este outro blog: Evolução da Consciência
OBS: Não será postado nada novo neste blog, apenas no novo.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

A Ilusão do "Eu" - O Intelecto é Segregador e Controlador

"Mind Throne" by Justin Slattum
O "Eu" é um trono mental que alimenta a ilusão de poder que por consequência gera um peso para o Observador, deixando-o exausto pelo excesso de pensamentos e com tendencias cada vez mas controladoras e obsessivas.
O que identificamos como "eu" é apenas a imaginação de nós mesmos, não tente super proteger a sua máscara(personalidade, aparência, conhecimentos que "possui").

Apenas pare e observe por um momento seus pensamentos. Quantos "eus"(vozes mentais) com opiniões diferentes você tem por dia? Você acha que alguma delas representa a totalidade do que você é?

Crendo estar vendo o todo, seja o todo universal, ou todo pessoal, a mente egoica inevitavelmente se diz conhecedora da verdade. Todavia a natureza da mente é fragmentada. (Se enxerga como uma parte separada da existência, do todo, portanto não é completa, enxerga somente os fragmentos que lhe são conhecidos e isso distorce a sua percepção tornando ela limitada)

O "falso eu" não tem existência objetiva, somente existindo como um reflexo ilusório da consciência primordial. Sua fragmentação aliada à sua natureza ilusória cria uma falsa existência totalitária. O falso eu, então julga ver e conhecer o mundo como a si mesmo, embora em ambos os casos ele esteja equivocado.

Portanto, o intelecto, ou seja, a inteligência do ego, do "falso eu", tenta compreender o mundo sob uma ótica já de origem doente e desconstruída. Por isso ele segrega.

Ao notar uma possibilidade de sua existência não ser "verdadeira"(impermanente), ou ao se encontrar com algum evento contrário a sua perspectiva, o ego assume uma postura de reação e ataque, negando persistentemente qualquer outro braço do fractal universal. Deste modo, o intelecto não pode incluir nada em seu campo de existência que vá contra aquilo que já está condicionado em seu interior.

Siga o seu Eu Interior
Conhecer o todo, ou ao menos ter um vislumbre do todo, da criação, não é possível através do intelecto. A verdade não pode surgir do intelecto, pois ela não é linear, não pode ser traduzida. Pois que no momento em que há a tradução da verdade, ela deixa de existir. A verdade só pode ser experienciada.

Como disse Lao-Tzu: "A verdade não pode ser dita. Se é dita, não é a verdade”, ela pode apenas ser sentida, e até onde sabemos, somente através de nossos próprios filtros mentais.
Até podemos tentar compreende-la através do intelecto, mas jamais será a verdade em si, apenas uma perspectiva dela.

Viver de maneira intelectual não gera paz, tranquilidade ou felicidade. Uma raiz doente não pode gerar uma árvore saudável. Sendo o ego a origem do intelecto, e estando ele já desconstruído pelos condicionamentos da sociedade, da religião e da sua própria filosofia, conhecer a verdade e ter o autoconhecimento baseando-se no intelecto é, sim, uma utopia.

Apenas na "morte" do ego é que pode haver felicidade, paz e liberdade.
Mas será possível (e necessário) matar o ego?

Continua...


Veja também:

A Ilusão do "Eu"

  1. A Ciência da Espiritualidade
  2. A Singularidade/Ponto Zero e a Dualidade 
  3. Acorde o poder que há em você!
  4. Despertando como Um
  5. Siga o seu Eu Interior (Intuição) 
  6. 5 dicas para vencer o medo
  7. Explicação sobre Meditação

5 comentários:

  1. Matar o ego... acho que não, mas ensiná-lo qual é o seu lugar, com certeza. É ele que trabalha na matéria e tem que servir ao seu senhor.
    Abraço!

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  2. Concordo com a Silvinha; conforme respondi no "A Morte do ego": compreendendo o SER; conheço um exercício para "doutrinar o ego" que é muito útil para mim e espero que tbém seja para outros...
    Bel de Mello.

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  3. Entendi, é abdicar do intelecto, das funções racionais. Aquelas que permitem este mesmo texto ser produzido em uma rede de computadores. É abdicá-las, para ser mais fácil convencer-se sobre estas perspectivas subjetivas. Fujam disso. É possível amar, contemplar o Universo, a existência, sem a necessidade de alterar os simples e intrínsecos fatos de nossa realidade naturalista. Paz.

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    Respostas
    1. Você não entendeu, não é sobre abdicar nada, é sobre compreender a função e não supervalorizar.

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