"Mind Throne" by Justin Slattum |
O que identificamos como "eu" é apenas a imaginação de nós mesmos, não tente super proteger a sua máscara(personalidade, aparência, conhecimentos que "possui").
Apenas pare e observe por um momento seus pensamentos. Quantos "eus"(vozes mentais) com opiniões diferentes você tem por dia? Você acha que alguma delas representa a totalidade do que você é?
Crendo estar vendo o todo, seja o todo universal, ou todo pessoal, a mente egoica inevitavelmente se diz conhecedora da verdade. Todavia a natureza da mente é fragmentada. (Se enxerga como uma parte separada da existência, do todo, portanto não é completa, enxerga somente os fragmentos que lhe são conhecidos e isso distorce a sua percepção tornando ela limitada)
O "falso eu" não tem existência objetiva, somente existindo como um reflexo ilusório da consciência primordial. Sua fragmentação aliada à sua natureza ilusória cria uma falsa existência totalitária. O falso eu, então julga ver e conhecer o mundo como a si mesmo, embora em ambos os casos ele esteja equivocado.
Portanto, o intelecto, ou seja, a inteligência do ego, do "falso eu", tenta compreender o mundo sob uma ótica já de origem doente e desconstruída. Por isso ele segrega.
Ao notar uma possibilidade de sua existência não ser "verdadeira"(impermanente), ou ao se encontrar com algum evento contrário a sua perspectiva, o ego assume uma postura de reação e ataque, negando persistentemente qualquer outro braço do fractal universal. Deste modo, o intelecto não pode incluir nada em seu campo de existência que vá contra aquilo que já está condicionado em seu interior.
Siga o seu Eu Interior |
Como disse Lao-Tzu: "A verdade não pode ser dita. Se é dita, não é a verdade”, ela pode apenas ser sentida, e até onde sabemos, somente através de nossos próprios filtros mentais.
Até podemos tentar compreende-la através do intelecto, mas jamais será a verdade em si, apenas uma perspectiva dela.
Viver de maneira intelectual não gera paz, tranquilidade ou felicidade. Uma raiz doente não pode gerar uma árvore saudável. Sendo o ego a origem do intelecto, e estando ele já desconstruído pelos condicionamentos da sociedade, da religião e da sua própria filosofia, conhecer a verdade e ter o autoconhecimento baseando-se no intelecto é, sim, uma utopia.
Apenas na "morte" do ego é que pode haver felicidade, paz e liberdade.
Mas será possível (e necessário) matar o ego?
Continua...
Veja também:
A Ilusão do "Eu"
Muito bom! Show de texto!
ResponderExcluirMatar o ego... acho que não, mas ensiná-lo qual é o seu lugar, com certeza. É ele que trabalha na matéria e tem que servir ao seu senhor.
ResponderExcluirAbraço!
Concordo com a Silvinha; conforme respondi no "A Morte do ego": compreendendo o SER; conheço um exercício para "doutrinar o ego" que é muito útil para mim e espero que tbém seja para outros...
ResponderExcluirBel de Mello.
Entendi, é abdicar do intelecto, das funções racionais. Aquelas que permitem este mesmo texto ser produzido em uma rede de computadores. É abdicá-las, para ser mais fácil convencer-se sobre estas perspectivas subjetivas. Fujam disso. É possível amar, contemplar o Universo, a existência, sem a necessidade de alterar os simples e intrínsecos fatos de nossa realidade naturalista. Paz.
ResponderExcluirVocê não entendeu, não é sobre abdicar nada, é sobre compreender a função e não supervalorizar.
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